Vivemos em uma era em que a inteligência artificial está sendo usada para tudo. Seja para otimizar o tempo que levamos em tarefas repetitivas ou criar conteúdos do zero, a IA tem sido uma verdadeira aliada em alguns segmentos.
E, no varejo, não seria diferente. Visando melhorar a experiência do consumidor e ajudar o varejista, a inteligência artificial generativa (um braço da IA) vem sendo testada em diferentes funções.
Neste texto, vamos falar um pouco mais sobre o papel da IA generativa no varejo e quais possibilidades ela oferece para o meio. Acompanhe!
O que é inteligência artificial generativa?
A IA generativa é um tipo de inteligência artificial focado na geração de conteúdos, como textos, imagens, vídeos, músicas, entre outras coisas.
Ela utiliza um modelo de aprendizado de máquina para aprender padrões e relações existentes em um conjunto de dados criado por humanos. A partir daí, utiliza esses padrões aprendidos para gerar novos conteúdos.
Com sua alta capacidade de processamento de dados e de geração de respostas e insights, a inteligência artificial generativa pode ser usada para:
- Ajudar com tarefas repetitivas, como preenchimento ou avaliação de formulários;
- Gerar temas, ou ideias de conteúdos, que podem ser utilizados em redes sociais;
- Gerar imagens baseadas em comandos específicos;
- Sugerir produtos de forma personalizada;
- E muito mais.
Como a IA generativa vem sendo usada no varejo?
No mundo do varejo, porém, a IA generativa tem mais funções do que escrever textos. Ela tem contribuído para melhorar a experiência de compra do cliente, o que, por sua vez, aumenta o faturamento.
Confira, a seguir, alguns exemplos de utilização da inteligência artificial generativa no cotidiano do varejo:
Personalização
Muitas lojas utilizam inteligências artificiais para personalizar suas sugestões de compras com base no comportamento de cada cliente.
Analisando os dados de uso do site ou do aplicativo, é possível sugerir produtos muito mais compatíveis com o perfil de cada usuário. Isso aumenta a taxa de conversão e, também, a satisfação do consumidor.
Essa mesma capacidade de personalização vem sendo aplicada a chatbots e assistentes virtuais. Seja para guiar o usuário durante sua jornada de compra ou auxiliá-lo através do suporte, a personalização tem sido uma marca da inteligência artificial generativa.
Sua loja tem atendimento via WhatsApp? Então, você pode utilizar a IA generativa para dar respostas personalizadas e rápidas aos seus clientes!
Criação de conteúdo
Mirando mais no topo do funil de marketing, a criação de conteúdo também é uma das habilidades da inteligência artificial generativa. Essa talvez seja a característica mais conhecida desses algoritmos hoje em dia.
IAs como ChatGPT, Midjourney, DALL?E, entre outras, popularizaram a geração de textos e imagens. Através de comandos simples, essas ferramentas são capazes de criar conteúdos completos.
Aqui, a grande sacada é usar esses conteúdos como base para o desenvolvimento de tópicos mais profundos. Tanto os textos quanto as imagens podem ser utilizados em blog posts, sites, redes sociais.
Campanhas online e offline também têm sido criadas com o auxílio de IAs. Elas ajudam na definição de temas, motes, ideias de postagens, etc.
Experiência de compra do cliente
Os investimentos em inteligência artificial generativa no varejo têm sido, majoritariamente, focados nesse ponto, porque é o que influencia diretamente o aumento de receita.
Se o cliente tiver uma boa experiência de compra na sua loja ou no seu site, as chances dele adquirir um produto ou serviço aumentam.
Além das já citadas personalizações, o varejo também tem utilizado tecnologias como RV (realidade virtual) e RA (realidade aumentada) para gerar ainda mais imersão. Em segmentos como os de moda ou de móveis, isso se provou extremamente eficaz.
Quando aliadas à inteligência artificial generativa, essas tecnologias demonstraram grande capacidade de aumentar a taxa de conversão do varejo.
Gestão de estoque
Apesar do foco na experiência do cliente, a IA generativa também está sendo usada para ajudar o varejista, principalmente, no controle de estoque.
Através do aprendizado de máquina, a inteligência artificial consegue analisar dados de vendas, sazonalidades, tendências de mercado, etc. Em seguida, ela calcula a quantidade ideal de produtos a serem mantidos no estoque em cada época do ano. Isso ajuda a reduzir custos, evitando falta ou excesso de estoque.
Para onde a inteligência artificial generativa pode evoluir no futuro?
Dado o contexto atual e a evolução constante da tecnologia, a inteligência artificial generativa deve se desenvolver ainda mais nos próximos anos. Seja aprimorando as habilidades já utilizadas (como as citadas acima) ou criando novas, o caminho da IA é continuar expandindo.
No contexto do varejo, podemos prever a integração das inteligências artificiais com outros tipos de ferramentas ou tecnologias (semelhante ao uso de RV e RA):
- Geolocalização: utilizar sistemas de GPS para melhorar as sugestões e recomendações de produtos;
- Ferramentas de design: automatizar o processo de criação de peças publicitárias através da integração com softwares gráficos;
- CMS (Sistema de Gerenciamento de Conteúdo): analisar os dados coletados pelo site ou blog para entender o padrão de comportamento dos usuários.
Além disso, pensando em uma integração do mundo real com o virtual, a inteligência artificial generativa pode ser usada para auxiliar na gestão do varejo físico.
A começar pelo uso de dados de mercado para determinar a melhor localização geográfica para negócios de diferentes segmentos. Um bom ponto comercial faz a diferença no sucesso da loja, e a IA pode ajudar a escolher o melhor lugar.
Não só isso, como esses mesmos dados de mercado também podem ser usados para maximizar ainda mais a experiência de compra do cliente.
Toda aquela personalização citada anteriormente não vale só para e-commerces. Ela pode ser aplicada em lojas físicas, através da distribuição adequada dos produtos nas prateleiras, do layout da loja, etc.
Cuidados com o uso de inteligência artificial generativa
Assim como com toda nova tecnologia, o uso moderado, consciente e inteligente é recomendado. A inteligência artificial foi criada para auxiliar profissionais de todas as esferas, não substituí-los. Ou seja, ela deve ser usada com supervisão de um ser humano.
No caso da inteligência artificial generativa, evite usar textos exatamente iguais aos que ela gera, por exemplo. Por serem baseados em dados reais, esses conteúdos são genéricos. Use-os como base para criar algo único e original.
Além disso, sempre verifique a veracidade das informações geradas pela IA. Considerando as limitações da ferramenta e a automatização do processo, é importante validá-las antes do uso.
E, é claro, muito cuidado com a privacidade e segurança dos dados que você compartilha. Como as IAs requerem uma alta quantidade de dados, informações sensíveis podem estar presentes. Portanto, é crucial cumprir a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).
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